terça-feira, 2 de novembro de 2010

Tropa de Elite 2 é o filme mais visto do cinema nacional desde a retomada


Estima-se que mais de 6,2 milhões de espectadores assistiram ao longa-metragem de José Padilha

Tropa de Elite 2 continua batendo recordes de bilheteria. O filme de José Padilha chegou a uma nova marca: é agora recordista de público do cinema brasileiro desde a retomada, quando houve a recuperação da produção cinematográfica no país. Em sua terceira semana em cartaz, Tropa de Elite 2 ultrapassou 6,2 milhões de espectadores, estima-se (ainda não foram coletados os dados referentes a todos os cinemas em que o longa está sendo exibido). Anteriormente, dois outros dados de recorde já tinham sido divulgados. Primeiro, a fita alcançou o posto de quarto filme mais visto no Brasil em um fim de semana de estreia. Depois, ele atingiu a marca de filme nacional mais assistido de 2010.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ator principal e diretores do filme Tropa de Elite 1 e 2.

José Padilha, diretor dos filmes “Tropa de Elite”, recebeu bem-humorado uma suposta cópia pirata de “Tropa de Elite 2″ das mãos do repórter Rafael Cortez, do CQC, e contou a fórmula para o sucesso de seus trabalhos.
- Me divirto trabalhando, por que amo meu trabalho. Não fico pensando nisso (no sucesso). O elenco está super bem, vocês vão ver. Podem esperar um filme feito com carinho e dedicação – afirmou Padilha.

sábado, 4 de setembro de 2010

Andréa Beltrão recebe homenagem no Festival de Cinema Brasileiro de Miami.

Atriz ganhou o troféu Lente de Cristal pelo conjunto de mais de 20 longas.

Grande homenageada do Festival Brasileiro de Cinema de Miami, Andréa Beltrão ganhou o Lente de Cristal pelo conjunto de mais de 20 longas. A atriz recebeu o troféu em uma cerimônia no Colony Theatre, na noite desta quarta-feira, 18. Andréa dedicou o prêmio aos seus filhos, Chico, Rosa e José, e ao marido, o diretor Maurício Farias.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Renascimento do Cinema Nacional



“O obvio só é obvio para mentes esclarecidas” já disse alguém.

Acontece que contar a história do Renascimento do Cinema começando por Central do Brasil, não é contar história, é apenas enxergar o que está a mostra, em voga.

O renascimento do cinema vai além... ou melhor, começa bem antes, em 1994 com um filme chamado “Alma Corsária”. Dirigido por Carlos Reichenbach, o filme retrata o que propõe: alma, sentimento, essência de vida com aventura, peregrinação e busca de sentido para viver.

É interessante o modo como Carlos retrata de forma peculiar e real as experiências da periferia.

Há no cinema novo um quê de arte periférica e intelectual. Ao mesmo tempo em que a massa é retratada a elite é beneficiada...Há uma miscelânea de inspirações e motivações e escolas que chamam a atenção da mídia, explorando assim o lado mais humano do “dono”.

A música também assume o papel de relevância no Cinema Novo, ela participa da trama dos filmes como uma personagem, há graça, arte, mensagens codificadas e assuntos descobertos com a presença marcante da trilha escolhida pelos diretores.

Em “Alma Corsária” ela conduz o desenvolvimento completo das personagens e delimita o espaço de cada um.

Seja no samba, no regaae, no sertanejo... enfim, independe do estilo musical, a música passa de acessório para elemento essencial.

Em “Bananas is my business”, 08/95 (calma não estou me confundido), Helena Solberg e David Meyer retratam o descuido dos brasileiros, isso mesmo, nós com o que é nosso.

O filme é bem mais um retrato do que fizeram da pequena-grande mulher, Carmem Miranda, tomam um cuidado especial em não subestimar o talento de Carmen, tão reconhecido lá fora e desprezado aqui em território nacional.

Mostra de forma simples e objetiva que a situação de racismo parte de nós brasileiros e que acaba se derramando para os EUA, já que em época de Globalização e capitalismo, é isto que ocorre.

O filme-documentário é rico em detalhes e realidade.

Já a fotografia de “Yndio do Brasil”,11/95, vale a pena assistir. Numa sucessão de colagens e sons desconexos os índios são vistos sob a forma que nós os vemos, com preconceitos maquiados em letras de música, poemas e, principalmente MPB,

O diretor Silvio Back, não utiliza a linguagem falada, as imagens dizem por si, há ofensas diretas ao Marechal Rondon que tinha o lema: “Morrer se preciso for, matar nunca.”

Silvio deixa evidente que integrando os índios á civilização Rondon os mata. Back diz ter assistido mais de 700 filmes entre nacionais e internacionais e documentários e recortes de jornal, vasculhou a cinemateca brasileira e americana, e para montar essa seleção de imagens levou 3 anos.

Para os que acompanham superficialmente o cinema nacional, o Renascimento começa aqui, com “O Quatrilho”, 02/96, filme de Fábio Barreto, e que traz de volta o público ás salas grandes. Contando a história de dois casais que se correlacionam entre si e com Patrícia Pillar e Glória Pires encabeçando o elenco, não há quem resista, os dois atores que acompanham Alexandre Paternost e Bruno Campos, são sofríveis, parecem ter vindo de uma novela onde são os galãs, não passam disto.

O filme é muito bem fotografado e cheio de lindas paisagens, é notório o salto que como brasileiros damos desde a época das pornochanchadas, mas ainda é um paralelo do “padrão globo de qualidade”.

Um filme pouco aclamado pela mídia, mas de um conteúdo fantástico é “Terra Estrangeira” 09/95, de Walter Salles e Daniela Thomas, com um elenco fora de série: Fernanda Torres (que está completando 20 anos de carreira), Alexandre Borges, Laura Cardoso, Luis Melo e participação especial de um ator português: João Lagarto.

Há no enredo do filme uma mistura de estilos, e isto faz com que ele não se torne cansativo, e mesmo com tantos diálogos e pensamentos filosóficos a cerca da família, ou da procura dela, de um páis...o filme é interessante sob este aspecto de procura da identidade de cada ser humano, independente de sua realidade social, familiar, religiosa... cada um procura se encontrar.

Com largueza agrada com o arrojo visual e sonoro, o filme é de grande orgulho para quem gosta de bons trabalhos.

Há uma semana a rede Bandeirantes exibiu o “Como nascem os anjos” de agosto de 96 e dirigido por Murilo Salles ( que também já tem 2 longas em seu currículo: “Nunca fomos tão felizes” e “Faca de dois gumes”).

Esse terceiro não é bom, não diz a que veio, apesar de tratar de um tema social, é pouco inteligente e monótono.

É bem verdade que o trio “parada dura” arranca risadas, por serem do Morro de santa Marta e que sem experiência alguma invadem uma casa com a prerrogativa de “fazer xixi” e mantém refugiados o pai e a filha, donos da casa que por coincidência são gringos, a trama do filme se resume na fome do seqüestrador “meia- boca”, que não sai do sofá e só pede um lanchinho para a jovem americana.

Para absorver a temática social é necessário muita calma e pipoca...

Entre um filme e outro, encontramos “Um céu de estrelas”, de forma nova sem nostalgia alguma, ou produto de marketing, o filme que se passa dentro de uma casa e não atrai por seu estilo, enredo ou elenco, mas sim por proporcionar ao público uma linguagem real de casais e descasais.

O filme é de Tata Amaral e é de 1986. Há muita lágrima, sangue e sêmen, a típica trilogia brasileira.

Em 1997 o filme “Bocage - O triunfo do Amor” de Djalma Limongi Batista (nunca ouviu falar?), é um deleite para alma. Bocage é uma invocação a liberdade. Após o choque inicial causado pela surpresa de encontrar quase uma ‘trupi” inteira de teatro com cenários, movimentos, linguagem e declamações de poemas(o que é comum nos tablados), há uma satisfação em participar de cada cena transformada em cinema de primeira.

Há uma liberdade narrativa incrível, o que também o torna mais atrativo.
 

OS TRINTA FILMES MAIS SIGNIFICATIVOS DO CINEMA BRASILEIRO


OS FILMES (por ordem alfabética):
O assalto ao trem pagador, de Roberto Farias
O bandido da luz vermelha, de Rogérío Sganzerla
Bang bang, de Andrea Tonacci
Brasa dormida, de Humberto Mauro
Bye bye Brasil, de Carlos Diegues
Cabra marcado para morrer, de Eduardo Coutinho
Os cafajestes, de Ruy Guerra
O cangaceiro, de Lima Barreto
Deus e o diabo na terra do sol, de Glauber Rocha
O dragão da maldade contra o santo guerreiro, de Glauber Rocha
Eles não usam black-tie, de Leon Hirszman
Os fuzis, de Ruy Guerra
Ganga bruta
, de Humberto Mauro
O grande momento
, de Roberto Santos
A hora e a vez de Augusto Matraga, de Roberto Santos
Limite, de Mário Peixoto
Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade
A margem, de Ozualdo Candeias
Matou a família e foi ao cinema
, de Júlio Bressane
Memórias do Cárcere, de Nelson Pereira dos Santos
Noite vazia, de Walter Hugo Khouri
O pagador de promessas, de Anselmo Duarte
Pixote - a lei do mais fraco
, de Hector Babenco
Rio quarenta graus, de Nelson Pereira dos Santos
São Bernardo, de Leon Hirszman
São Paulo Sociedade Anônima, de Luiz Sergio Person
Terra em transe, de Glauber Rocha
Toda nudez será castigada, de Arnaldo Jabor
Tudo bem, de Arnaldo Jabor
Vidas secas, de Nelson Pereira dos Santos